quinta-feira, 21 de maio de 2009

Barrados
Edson Gomes

Ando meu cansado (não desisto)
por varias vezes barrados no baile (ainda insisto)
acredito em tudo aquilo que faço e
persisto em tudo aquilo que faço
acredito naquele que vem do espaço.
Ainda ontem no condominio que moro
uma senhora quando me avistou
apertou a bolsa, ela escondeu sua bolsa
apertou a bolsa, a branca segurou logo a bolsa,
são cenas da minha cidade uma doença da sociadede,
cenas da minha cidade uma doença talvez incurável.
E vc ai como passa?
E vc ai o que acha ?

refrao
Somos barrados no baile,
todos barrados no baile,
eles dizem que so para gente bonita.
Somos barrados no baile,
todos barrados no baile,
eles dizem que so para gente bonita.

São cenas da minha cidade, uma doença da sociadede,
cenas da minha cidade, uma doeça talvez incurável.
E você ai como passa?
E você ai o que acha?

refrão

Um comentário:

  1. Eu tava aqui em casa ouvindo um MP3 velho que eu tenho de Reggae, e ai começou a tocar essa música. Lembrei logo das poesias que estamos discutindo em sala de aula!
    Achei ela muito interessante. Principalmente na parte que ele diz bem assim: "Ainda ontem no condominio que moro
    uma senhora quando me avistou
    apertou a bolsa, ela escondeu sua bolsa
    apertou a bolsa, a branca segurou logo a bolsa,
    são cenas da minha cidade uma doença da sociadede,
    cenas da minha cidade uma doença talvez incurável."

    Edson Gomes é um negro (acho que todo mundo conheçe ele), o quê que a senhora pensou na hora que avistou ele?
    Bom, ela achou que ele fosse um assaltante, pelo fato de ser NEGRO e ainda pela sua aparência física.
    Uma doença da sociedade! A sociedade vem nos alienando a muito tempo, todo assaltante que passa na televisão ou em filmes são negros, então as pessoas mantém aquela maneira de pensar que todo assaltante é negro, mais não é bem assim não.
    Conheço uma música daquela banda Fantasmão que eles dizem na letra " que tem branco de paletó por ai, que rouba mais do quê os meninos de rua ". Se agente for parar pra reparar é assim mesmo.
    Temos que quebrar esse preconceito, antes que seja tarde demais.

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